ALEPH
PENSANDO NOVOS FUTUROS
2023
A raça humana está à beira da extinção. Até que uma nova possibilidade começa a crescer.
APRESENTAÇÃO

Yuri Al’Hanati é natural de Angra dos Reis (RJ) e vive atualmente em Curitiba (PR). Além de criador do canal Livrada!, no YouTube, também é escritor, tendo publicado os livros de crônicas Bula para uma Vida Inadequada, de 2019 (finalista do prêmio Minuano) e A Volta ao Quarto em 180 dias, de 2020 (finalista do prêmio Jabuti).

SOBRE O LIVRO
Filhos da esperança é uma distopia clássica escrita por P. D. James.

Em 2021, anos após o início de uma epidemia de infertilidade, a desolação generalizada da humanidade fez ruir as bases da civilização. A raça humana será extinta quando a geração mais jovem se for.

Um dos últimos países a manter alguma estrutura de governo, a Inglaterra vive em caos, submetida a um domínio despótico.

Tocando sua rotina solitária nesse mundo sem esperança, um historiador apático se encontra com uma jovem que vai mudar sua vida, e o futuro da humanidade.

Narrado com emoção e suspense, marca registrada de P. D. James, Filhos da esperança é um clássico da literatura distópica. Adaptado para o cinema em 2007 por Alfonso Cuarón, Filhos da esperança é uma história fascinante sobre a possibilidade de um futuro em condições desoladoras.



...
"Não conseguimos vivenciar nada além do momento presente, vivido em nenhum outro segundo de vida, e entender que isso é o mais perto que podemos chegar da vida eterna."
—— P. D. James em Filhos da esperança
SOBRE A AUTORA
P. D. James

Phyllis Dorothy James nasceu em Oxford, em 1920. Além de uma escritora renomada de ficção científica, thrillers e mistérios, também foi reconhecida inúmeras vezes pela realeza britânica por seus méritos. Foi Baronesa a partir de um título de par vitalício da coroa britânica. Também recebeu uma medalha da Ordem do Império Britânico, cedida apenas a artistas, cientistas e criadores que não estejam relacionados às forças do exército britânico. Dona de uma carreira longa e bem sucedida, James viu diversas de suas obras florescerem no audiovisual, inclusive Filhos da Esperança, que ganhou um longa em 2006. Tendo vivido uma vida de escassez antes de se casar, às vésperas da Segunda Guerra Mundial, James trabalhou desde cedo, tendo seguido carreira nas áreas de saúde e administração. Só passou a se dedicar à paixão da escrita nos anos 1950, onde representava os bastidores dos poderes por trás do Império Britânico.

PRINCIPAIS OBRAS
COMPRE O LIVRO
Filhos da esperança, de P. D. James Comprar o livro
PALAVRA DA TRADUTORA
FILHOS DA ESPERANÇA DE ALFONSO CUARÓN
LINHA DO TEMPO
AS DISTOPIAS NA HISTÓRIA
—— por Cláudia Fusco

Não é um exagero dizer que as distopias são um dos gêneros narrativos que mais refletem os séculos 20 e 21. Nascida de transformações ambientais, contrastes sociais e da relação cada vez mais profunda entre a humanidade e a máquina, a distopia reflete alguns dos maiores medos da humanidade. Essa, talvez, seja a razão pela qual essas histórias fazem tanto sucesso até hoje: são espelhos distorcidos de um futuro que parece cada vez mais assombroso. É impossível listar todas as obras distópicas dos últimos séculos, mas algumas delas fizeram história dentro da ficção científica. 

1868
Primeira vez que a palavra foi usada em um contexto político, por John Stuart Mill, durante um discurso no Parlamento Britânico.
Os 500 milhões da Begum, de Júlio Verne, retrata a rivalidade entre duas sociedades, uma delas utópica (Frankville) e a outra, distópica (Stahlstadt).
1879
1899
H. G. Wells publica O dorminhoco, que inspirou o filme Woody Allen de 1973.
Wells publica a primeira distopia alienígena, Os primeiros homens na lua, que dá origem ao filme de mesmo nome de 1964.
1901
1909
O conto The Machine Stops, de E. M. Forster, é publicado; é considerado a primeira distopia causada por "sofisticação tecnológica", de acordo com a Encyclopedia of Science Fiction.
A polaridade entre o sistema capitalista e o socialista aumenta a produção literária de distopias. Autores como Jack London (The Iron Heel, de 1907) escreveram sobre o tema.
1910
1924
Nós, de Yevgeny Zamyatin, é publicado em alguns países e proibido na União Soviética; é considerado por muitos a primeira distopia moderna.
Chega aos cinemas o longa Metrópolis, dirigido por Fritz Lang, inspirado no livro de Thea von Harbou, publicado dois anos antes.
1927
1932
É lançado Admirável mundo novo, de Aldous Huxley, uma distopia satírica.
É publicado Swastika Night, de Katharine Burdekin (sob o pseudônimo Murray Constantine), uma das distopias mais contundentes e expressivas sobre o nazismo.
1937
1948
1984, de George Orwell, populariza o formato de distopias que exploram ansiedades sociais e formas de controle a partir da tecnologia.
Uso mais frequente do termo por conta da obra Quest for Utopia, de Glenn Negley e J. Max Patric.
1952
1953
Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, é publicado e rapidamente se torna um símbolo contra a repressão cultural.
Uma mulher no limiar do tempo, de Marge Piercy, é lançado. A obra abriria caminho para muitas autoras explorarem o tema das distopias feministas.
1976
1982
O filme Blade Runner, inspirado na obra Andróides sonham com ovelhas elétricas?, de Philip K. Dick, chega aos cinemas.
Neuromancer, de William Gibson, uma das obras mais influentes do cyberpunk, é publicada.
1984
1985
Margaret Atwood publica O Conto da aia, uma das distopias de gênero mais populares da literatura.
O clássico Filhos da esperança, da autora inglesa P. D. James, é publicado.
1992
1993
É publicado A parábola do semeador, de Octavia E. Butler, uma distopia que debate gênero e raça de forma profunda e inovadora.
Uma das obras cinematográficas mais influentes da ficção científica, Matrix tem como pano de fundo uma distopia ambiental.
1999
2005
Não me abandone jamais, de Kazuo Ishiguro, é lançado. O livro é um dos responsáveis pelo prêmio Nobel de literatura de Ishiguro, em 2017.
Jogos vorazes, de Suzanne Collins, abre caminho para as distopias jovens.
2008
2014
É publicado Estação Onze, de Emily St. Mandel, que ganhou força em 2020 ao retratar uma pandemia em tempos modernos.
O poder, de Naomi Alderman, reinventa o formato da distopia de gênero - e se mulheres tivessem poderes elétricos?
2017
INSPIRAÇÃO
05
distopias escritas por mulheres
01
O conto da Aia
Na distopia de Margaret Atwood, uma mulher é subjugada em uma sociedade patriarcal, revelando as lutas pela liberdade e identidade.
02
Língua nativa
Escrito em 1984 pela linguista Suzette Haden Elgin, Língua nativa fala sobre o poder da linguagem na transformação de uma sociedade machista.
03
O Poder
O romance de Naomi Alderman se passa em um mundo onde as mulheres desenvolvem uma habilidade de controle elétrico, a ordem social é subvertida, questionando as estruturas de poder.
04
A parábola do semeador
Da brilhante Octavia E. Butler, A parábola do semeador se passa no caos de um futuro distópico, uma jovem líder visionária busca sobreviver e fundar uma nova comunidade baseada na empatia e esperança.
05
Estação onze
A autora Emily St. John Mandel imagina o mundo após ma pandemia devastadora, a narrativa entrelaça diferentes personagens, explorando a arte e a resiliência humana diante da catástrofe.
LENDO JUNTO
Filhos da esperança é considerado um clássico da literatura distópica por representar, desde sua publicação, em 1992, um escopo narrativo poderoso e cheio de camadas que retratam ansiedades muito contemporâneas.

A obra, que se passa em 2021, mas cujos eventos se iniciam nos anos 1990, narra uma crise de fertilidade que altera dinâmicas sociais e populações estruturadas, deixando a humanidade à beira do seu colapso. Contada a partir de duas perspectivas - uma em terceira pessoa e outra, em primeira, sendo os relatos do doutor Theodore Faron -, a trama se desenrola para além do tema da permanência da humanidade, mas as consequências políticas, científicas e culturais da ameaça de extinção humana. Os últimos humanos nascidos da fertilização, chamados de Ômegas, recebem diversas regalias, criando instabilidade social entre os humanos mais velhos. O profundo desencantamento da sociedade em relação a seus líderes políticos abre precedentes perigosos para o totalitarismo, o questionamento da ciência e a morte da democracia. Nesse cenário de dúvida e medo, nasce um grupo dissidente que resiste ao governo tirânico que começa a se instaurar no Reino Unido: os Cinco Peixes. 

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