APÓS O GOLPE
Neste recado para leitoras e leitores brasileiros, John Scalzi fala sobre seu processo para escrever a série Guerra do Velho, o que queria fazer diferente em uma obra de ficção científica militar, e sua percepção sobre o momento atual do gênero.
APÓS O GOLPE
Um conto original com três dos personagens principais de A humanidade dividida, escrito para a estreia do site Tor.com, em 2008. Os eventos da narrativa se passam vários meses antes dos acontecimentos de A humanidade dividida.
A VIDA CEREBRAL: UMA OUTRA VERSÃO
CENAS EXCLUÍDAS E ALTERNATIVAS
Versão alternativa da primeira novela do livro O fim de todas as coisas, escrita com base em materiais produzidos por Scalzi que não foram usados diretamente no livro. Atenção: apesar de não ser considerada canônica, a história contém spoilers!
Com um equilíbrio habilidoso entre crítica social, ação e aventura, Guerra do velho é o romance de estreia de John Scalzi. A história começou sendo publicada como uma série no blog do autor, até ser descoberta por uma editora.
Os personagens envolventes e a escrita leve, que ainda assim não deixa de abordar temas filosoficamente complexos, tornam os seis títulos da série um excelente ponto de partida para quem nunca soube por onde começar a ler ficção científica...
Com um equilíbrio habilidoso entre crítica social, ação e aventura, Guerra do velho é o romance de estreia de John Scalzi. A história começou sendo publicada como uma série no blog do autor, até ser descoberta por uma editora.
Os personagens envolventes e a escrita leve, que ainda assim não deixa de abordar temas filosoficamente complexos, tornam os seis títulos da série um excelente ponto de partida para quem nunca soube por onde começar a ler ficção científica. Para quem é familiarizado com o gênero, a obra de Scalzi é leitura obrigatória, e representa um aumento não só no escopo, como na diversidade representada pelo gênero.
A segunda trilogia de Guerra do Velho dá continuidade ao que a primeira parte da história fez de melhor: explora a ética da guerra e a natureza da humanidade. Os três volumes são marcados pela ação eletrizante e sagacidade característicos do estilo do autor.
Além disso, o trabalho de Scalzi também se destaca pela frequência com que inclui em suas histórias figuras de grupos sub-representados, e a abordagem de tópicos como raça, gênero e sexualidade demonstram seu compromisso com a diversidade na ficção científica e fora dela. O autor construiu uma relação próxima com os seus leitores e mantém o blog Whatever, onde escreve sobre temas diversos, incluindo política, cultura pop e conselhos de escrita.
Para você se preparar para a segunda trilogia da série, fizemos uma recapitulação completa dos principais eventos dos três primeiros volumes.
Desde a publicação de seu primeiro volume, a série Guerra do Velho tem sido comparada com Tropas estelares, de Robert Heinlein. A comparação é certeira, e em mais de uma ocasião John Scalzi disse ter se inspirado na obra de Heinlein para desenvolver sua história, como pode ser visto em seu blog:
“A associação com Tropas Estelares não é uma coincidência, pois Guerra do Velho teve esse romance como modelo de vários modos. O mais óbvio é, sem dúvida, o ambiente militar, a introdução do protagonista idealista nesse ambiente, e o subsequente progresso de recruta e subalterno para veterano experiente. No entanto, de modo mais geral, Guerra do Velho segue grosseiramente o formato de alguns romances ‘juvenis’ de Heinlein (dos quais Tropas Estelares fazia parte originalmente): passa aquela sensação de ‘aventura de um garoto’ que o escritor enfiou nesses livros. Alguém poderia facilmente dizer que é um clássico ‘juvenil’, mas que tem um herói de 75 anos.”
Ainda de acordo com Scalzi, a inspiração na obra de Heinlein o ensinou quatro lições fundamentais para quem quer escrever sua própria história:
Na série Guerra do Velho, não só não estamos sozinhos no universo, como existem centenas de espécies alienígenas inteligentes para conhecermos, negociarmos e – como acontece na maior parte do tempo – combatermos. Para isso, as Forças Coloniais de Defesa contam com supersoldados geneticamente modificados para serem mais fortes, mais ágeis, mais resistentes e aprimorados pelo uso de nanotecnologia.
O público-alvo de suas campanhas militares é inusitado: a idade mínima para o alistamento é de 75 anos e, ao subir o elevador espacial que leva da Terra à Estação Colonial, você deve estar ciente de que jamais poderá voltar ao seu planeta natal.
Por meio de uma tecnologia avançadíssima, a consciência dos recrutas é transferida aos novos corpos e, após um breve período de treinamento, eles são enviados às linhas de frente como peões na disputa de territórios intergalácticos. A maior parte deles não sobrevive.
Durante séculos, essa abordagem hiperagressiva serviu bem aos propósitos da União Colonial e fez a fama dos humanos em todo o universo, a ponto de mais de uma espécie alienígena tentar exterminá-los. No entanto, ao término dos eventos de A última colônia, a ameaça do Conclave e a ruptura das relações com a Terra obrigam os coloniais a exercer uma prática até então esquecida: a diplomacia.
É escritor, editor e crítico de cinema. Ex-presidente da Science Fiction and Fantasy Writers of America, já ganhou os prêmios Hugo e Locus, além do prêmio John W. Campbell de Melhor Escritor Estreante com Guerra do Velho, seu primeiro romance. Entre seus livros estão Redshirts e Encarcerados. Scalzi mora em Ohio, nos Estados Unidos, com a esposa, a filha e vários animais de estimação.