Lendo junto

 A obra, que se passa em 2021, mas cujos eventos se iniciam nos anos 1990, narra uma crise de fertilidade que altera dinâmicas sociais e populações estruturadas, deixando a humanidade à beira do seu colapso. Contada a partir de duas perspectivas - uma em terceira pessoa e outra, em primeira, sendo os relatos do doutor Theodore Faron -, a trama se desenrola para além do tema da permanência da humanidade, mas as consequências políticas, científicas e culturais da ameaça de extinção humana. Os últimos humanos nascidos da fertilização, chamados de Ômegas, recebem diversas regalias, criando instabilidade social entre os humanos mais velhos. O profundo desencantamento da sociedade em relação a seus líderes políticos abre precedentes perigosos para o totalitarismo, o questionamento da ciência e a morte da democracia. Nesse cenário de dúvida e medo, nasce um grupo dissidente que resiste ao governo tirânico que começa a se instaurar no Reino Unido: os Cinco Peixes. 

Perguntas e temas para debate

• O que faz de Filhos da Esperança uma distopia?
• Lendo a obra, o cenário parece uma possibilidade real para 2021?
• O que a autora "acertou" ao representar o futuro?
• O que possibilitou a entrada do totalitarismo nessa sociedade?
• Essa obra é considerada uma das mais "teológicas" de James. Você concorda? Por quê?
• Qual o papel da resistência nessa trama?
• Muitas distopias modernas mostram a importância do trabalho coletivo como forma de residência a regimes totalitários. Como Filhos da Esperança dialoga com essas obras?
• Como a obra dialoga com o tempo presente?
• A questão feminista está presente na obra?
• Theo está condenado a repetir os mesmos erros de seu antecessor?