Charlie é um dos personagens mais carismáticos da ficção. Essa afirmação contundente é uma das certezas inabaláveis do departamento editorial da Aleph. Com seus pensamentos puros e complexos, ele conquista o leitor de forma absoluta. Acompanhar sua vida pré e pós-cirurgia é o que move Flores para Algernon, e acompanhar o crescimento do livro no Brasil é o que move a nossa editora.
O romance de Daniel Keyes foi editado pela primeira vez em 1966, nos Estados Unidos, baseado em um conto do autor publicado em 1959 na Magazine of Fantasy & Science Fiction. O conto ganhou o prêmio Hugo em 1960, e o romance recebeu o prêmio Nebula em 1966.
A despeito de ser leitura obrigatória em diversas escolas norte-americanas há décadas, Flores para Algernon ocupou a 43ª posição na lista dos 100 livros que mais sofreram tentativas de proibição nos anos 1990. Um texto questionador, que trabalha com o desejo mais íntimo do ser humano – conectar-se com o outro – continua a encontrar seu caminho para os leitores, mesmo em tempos difíceis.
Lançada no Brasil em junho de 2018, a obra-prima de Keyes foi pouco a pouco cativando as pessoas. Com uma primeira tiragem tímida, o livro é hoje um dos mais vendidos do catálogo da Aleph. Nesses cinco anos desde a sua publicação, fica claro como Charlie conquistou o coração dos brasileiros. É difícil estar em qualquer evento com os leitores sem que o livro seja citado.
No decorrer de 2018 e 2019, Flores para Algernon foi sendo descoberto e vimos o título aparecer cada vez mais nas redes sociais e nas mensagens dos nossos leitores. E no dia 23 de junho de 2020, dois anos depois da publicação da primeira edição brasileira, a Pam Gonçalves postou em seu canal do YouTube um vídeo lindo no qual compartilha seu amor pelo livro. O relato viralizou em diversas redes sociais e levou a obra para um número ainda maior de pessoas.
Durante a pandemia, Charlie e Algernon foram companheiros de inúmeros brasileiros, uma fonte de afeto e também de reflexão. Esse livro desafiador, que ressalta as diferenças entre as pessoas e como essas diferenças devem ser respeitadas, mostrou-se oportuno e necessário em um dos períodos mais sombrios da história contemporânea.
Lidar com o respeito às diferenças e, principalmente, com o direito à escolha é um dos temas principais do livro. E ver uma mensagem tão nobre e poderosa chegar a um enorme número de pessoas traz uma alegria sem tamanho para qualquer editor.
Com a nova edição, esperamos que essa obra inspiradora encante ainda mais pessoas, e que a história de Charlie e Algernon inspire a todos por muitos e muitos anos.